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Diego Alemão ameaçou taxistas: “Se não aceitassem a corrida, ia sacar arma e atirar”, diz testemunha
Pessoas que estavam na Rua Gomes Carneiro, em Ipanema, na Zona Sul do Rio, na madrugada de terça-feira (26) contaram ao Globo detalhes das ameaças feitas pelo ex-BBB Diego Alemão a taxistas que estavam no local. Diego Alemão foi preso em flagrante pouco depois, quando já estava no Leblon, por porte ilegal de arma de fogo. Ele foi liberado da 12ª DP (Copacabana), para onde foi levado, pela manhã, ao pagar R$ 4 mil de fiança.
Segundo uma testemunha, Alemão chegou ao local por volta de 0h30, “visivelmente alterado”. Ela conta que ele exigia que taxistas aceitassem o valor de R$ 150 por uma corrida até a Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio, o que, inicialmente, teria sido negado.
“Queria pegar corrida com taxista, disse que pagava R$ 150, mas acho que dava mais. Ele disse que se não aceitassem, ele ia sacar a arma e atirar. Ninguém é obrigado por R$ 150 levar você para onde quiser. Tinham algumas pessoas no estabelecimento, mas era principalmente motorista de aplicativo aqui na frente à noite” conta.
O gerente de um estabelecimento que fica na localidade diz ter ouvido relatos sobre o ocorrido e afirma ser uma ameaça não só aos taxistas, mas a quem estava no local e até mesmo a moradores da região.
“Todos correm risco, quem tá dentro de casa também. Vai e dispara, aí o tiro pega na janela de um apartamento. Uma pessoa totalmente desequilibrada quem faz isso. Foram os próprios taxistas que chamaram a polícia.”
Armado em rua de Ipanema
Segundo a Polícia Militar, uma equipe do 23º BPM (Leblon) foi acionada para checar a presença de um homem armado na esquina das ruas Visconde de Pirajá e Gomes Carneiro, em Ipanema. Ao chegarem ao local, os policiais foram informados que o suspeito havia entrado em um táxi, seguindo para a Barra da Tijuca, na Zona Oeste.
Os PMs pediram reforços e conseguiram interceptar o veículo já na Avenida Delfim Moreira. Alemão estava no banco traseiro. Ele foi revistado, e os agentes encontraram o revólver 32 e com duas munições no tambor. Outras seis balas, do mesmo calibre, estavam na cartucheira do coldre.
Ao sair da delegacia, por volta de 9h, Diego disse carregar uma “arma não municiada” devido à falta de segurança no município:
“Venha para o Rio de Janeiro, cidade maravilhosa, sem risco nenhum. Eu tenho uma arma não municiada, que estava debaixo do carro. Há muitos anos registrada.”
Ele disse ainda que usa a arma para se “defender”.
“Eu sou pouco ameaçado, pouco extorquido” afirmou.
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